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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Resenha de O príncipe - Maquiável

Ao produzir um trabalho acadêmico para uma das disciplinas do curso de administração, eu resolvi disponibilizar aqui na rede para todos que quiserem conhecer um pouco mais da obra ou até mesmo se inspirarem na produção de outros trabalhos acadêmicos, do mesmo nível. Espero que gostem...

O PRÍNCIPE
Niccolò Machiavelli



Nicolau Maquiavel, conta em sua obra “O Príncipe”, a analise dos fatos e acontecimentos ocorridos ao longo da história, sempre os comparando à atualidade de seu tempo. Neste livro o autor conta a história, de como é o governo de principado, como manter e governar seu povo até em meio à situações revoltosas, e demonstra como conquistar novos reinos. Em “O Príncipe”, Maquiavel gera o conceito de que o objetivo deve ser alcançado a qualquer preço, custe o que custar.

“O Príncipe” é um manual dado ao Príncipe Lorenzo de Médice como um presente, e envolve reflexões e experiências do autor Maquiavel, que analisa a sociedade de maneira racional e não mede esforços quando trata de como obter e manter o poder.

Em momentos de crise, Maquiável recomenda que aqueles são necessários a manutenção do poder e estão voltados ao seu soberano de forma fiel, este deverá ser  muitas vezes presenteado com objetos, joias, cavalos e espadas coisas dignas de sua grandeza, já quanto, ao homens dispensáveis a manutenção deste poder que podem de alguma forma gerar perigo eminente ao príncipe, esse deverá ser morto juntamente com toda sua família ou empobrecido a tal ponto que ele não tenha condições de atacar a grandeza do príncipe ou gerar qualquer dano ao seu poder.  Para que realmente seja um ser de conhecimento e que seja reconhecido pelos demais príncipes, não basta apenas governar em alta escala mais sim estar em meio ao povo resolvendo todos os conflitos.

Quanto ao modelo político tratado no livro, a monarquia, era constituída de domínios que são os principados e repúblicas, todos os estados foram republicas ou principados. Principados são hereditários ou novos, se ganha com armas de outros ou próprias, por fortuna ou virtude. Quando fala de fortuna, Maquiável se refere ao trono herdado, quanto a virtude, ele trata de reinos conquistados por meio de guerra.

Sendo assim não era de sua importância tratar das republicas, pois aquele na republica é eleito pelo povo, os principados hereditários podem ser mantidos bastando conservar a ordem vigente, de modo que seu príncipe é de engenho ordinário e sempre se manterá a não ser que tenha uma força muito excedente e o readquire por pior que seja o ocupante do poder.

Maquiavel, em seus primeiros capítulos mostra ao príncipe ao qual se destina o livro, através de claros exemplos, a importância de se ter um exército forte e estruturado, também relata da importância da dominação completa do novo território através de sua estadia neste e eliminando os antigos governantes e todos os que compunham a corte, mostrando assim a necessidade da eliminação do inimigo que no país dominado encontrava-se, e um dos assuntos muitos importantes era como lidar com as leis já existentes antes da sua chegada, bem como lidar com a cultura existente, afim de primeiramente conquistar e dominar o povo, para só depois então subjulgá-lo. O autor consentia da prática da violência e de crueldades, de modo a obter resultados satisfatórios, onde surge o famoso conceito de “os fins justificam os meios” como os pontos mais importantes.

      O poder do estado, é analisado na forma de ensinamentos, e Maquiavel, procura explicar o que são os principados em teoria e prática, de quantas espécies são, como se conquistam e como se conservam, reunindo assim, tudo que ele aprendeu enquanto diplomata, construindo diversas noções de filosofia prática, simples, mas profunda acerca do assunto. É de fato um manual para governantes, e muito impressiona pela precisão e atualidade dos seus conselhos que o italiano traz a tona, como por exemplo: como lidar com o povo. Toda ação é designada em termos do fim que se procura atingir.

      A obra O Príncipe é um clássico da Ciência Política e por isso tão abordada em diversas linhas de formação, porque se trata de um modelo para a compreensão da realidade, isto é, trata-se de um livro sempre atual. Ele não trabalha a política, como ela deveria ser, mas como ela realmente é nua e crua. A base de toda a visão política e histórica de Maquiavel é a natureza humana, como sendo decaída e pérfida e, aqui, todos os fatos históricos são explicados naquele período da época, analisando a política como ela é, como se percebe no capitulo XV, a objetividade cientifica de Maquiavel, sua imparcialidade e a falta de qualquer juízo de valores.

 Neste contexto o príncipe deveria ter a afeição da população ou ser temido perante ela, como medida de precaução à revolta popular, devendo o soberano apenas evitar o ódio, e ter sempre estrutura militar para se utilizar da força bruta, sobeposta à lei, isto se, e somente se, quanto disso dependeram condições mais favoráreis ao desempenho do seu reinado e da sua boa imagem em face aos cidadãos e Estados estrangeiros, de modo a evitar possíveis conspirações. Trata da moda antiga, sem escrúpulos ou constrangimentos, expressando de forma simples a manutenção de poder onde em um mundo envolvido de interesses, conspirações, traição e guerra onde terras são exploradas ao bem entender de forças políticas estrangeiras que tenham o poder de dominá-las e regê-las, embora a verdade extraída seja outra, aqueles que observam republicas ou principados que nunca foi visto ou tem como existentes, em seu conjunto de ensinamentos exposto por Maquiavel e que os fins justificam os meios empregados em sua consecução, que submeteu a tal expressão do maquiavelismo, sistema político tão empregado como quanto o esforço de ser negado.

      Desta forma a obra relata de forma precisa sobre o que é voltado à natureza ‘humana do homem’, para Maquiavel, os homens eram maus se não tivessem motivos para ser bons, enfim, os homens são dotados de princípios em qual o Príncipe deveria se precaver, o uso da força de quebra das palavras, oportunismo, enganação e aqueles mantidos por falsa imagem, uma vez que as pessoas são mais fiéis aos que temem do que aos que amam, e também de grande importância que o príncipe jamais seja odiado ou desprezível pelo povo.

Para não ser odiado ou desprezível aos olhos do povo, o príncipe deveria possuir cinco qualidades seguintes: piedade, fé, integridade, humanidade, religião, sendo por diversas vezes de interesse possuir novas alianças, e muito mais parecer possuir as qualidades do que possuí-las de fato.
     
A visão da humanidade descrita por Maquiavel é um tanto utilitarista, pois o uso da bondade deve ser regida pela necessidade, bem como sua não utilização, a visão da humanidade vista por Maquiavel é utilitarista, pois o uso ou não da bondade deve ser regida pela necessidade. O defeito de ser cruel, portanto, não deve ser temido por que isso muitas vezes pode ser necessário para manter a ordem e a fidelidade. Quando o príncipe anima os cidadãos a exercer suas atividades no comércio, na agricultura ou outra ocupação e distrai o povo com festas e espetáculos, ele o faz como uma forma de evitar tornar-se odiado pelas maiorias e com isso desestimular iniciativas conspiratórias. Sobre religião, Maquiavel simplesmente afirma que “nada existe mais necessário de ser aparentado do que esta última qualidade contida pela religião, pois o vulgo sempre se deixa levar pelas aparências e pelos resultados, e no mundo não existe senão o vulgo.”

Maquiavel também dedica alguns capítulos na orientação quanto à escolha dos ministros e conselheiros. Em primeiro lugar afirma que provém da observação dos homens que o cercam se deduz a inteligência de um príncipe. Assim, um que não seja sábio por si mesmo não poderia ser bem aconselhado. Além disso, este aconselhamento inclui ouvir apenas quem se deseja e quando se deseja, com paciência e abertura para ouvir as verdades. Os ministros escolhidos e tidos como fiéis deveriam ser bem tratados e satisfeitos com cargos e outros tipos de honrarias para que não desejassem ter mais do que tem.
    
 Nos capítulos finais, o autor ainda relata acerca das necessidades de o príncipe construir sua própria sorte não se arriscando às variações desta, que poderia levá-lo à ruína, o a percepção e arbítrio deve ser utilizado para determinar as ações corretas segundo a necessidade do momento mesmo que existam vários caminhos para atingir os mesmos objetivos, e que indivíduos podem agir por diversas formas e alcançar o mesmo efeito, mas que, seria melhor ser impetuoso do que dotado de cautela. Ilustrando isso, Maquiavel associa a fortuna como sorte à imagem de uma mulher, demonstrando em sua teoria que a quem quisesse dominá-la deveria primeiramente bater-lhe e contrariá-la, ou seja, de qualquer maneira e a qualquer custo o príncipe deveria usar de sua autoridade e manter o controle em suas mãos.
    
 O autor expressa, que se pode conseguir o poder de inúmeras maneiras, pela sorte ou por luta, por fortuna ou virtude, no entanto, em qualquer uma das maneiras encontram-se diversos obstáculos, trazendo para a nossa realidade, digamos que sempre haverá concorrência, quer seja de outras marcas, outras pessoas, outras empresas, que constantemente tentarão vencer pelo cansaço, ou ainda se utilizando de falsidade e  jogando muito sujo, é necessário que sempre se esteja um passo a frente, e é muito importante ter o controle da situação para que não seja derrotado. Pode até parecer cruel este pensamento, mas em um mundo competitivo como o que vivemos é preciso sempre estar preparado para situações variadas, situações a nosso favor e também contra nós, sabendo que ninguém é insubstituível e se realmente queremos nosso “lugar ao sol” devemos estar dispostos a lutar por ele, não mais com guerras como no tempo descrito em “O Príncipe”, no entanto, devemos estar preparados para as guerras que haveremos de combater no mercado profissional, onde vence quem tem mais estrutura no conjunto física/psicológica/intelectual. Devemos estar preparados para vencer o desafios, quem quer que seja nossa oposição, é preciso estar sempre um passo a frente, como em um jogo em que é necessário adivinhar o próximo passo do nosso oponente afim de fazer nossas apostas renderem a vitória.

Por: Jackeline Moreira

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