Ontem, mas precisamente dia 11 de Dezembro de 2010, eu estava no Crafter, que é para quem "ainda" não conhece, um bar, mais famoso "Bar Inteligente", do meu amigo Sandes (cantor/compositor/dono de bar), onde os artistas, intelectuais, e nós míseros mortais que apreciamos um pouco de cultura, vamos nas noites de luar de Imperatriz fugir da péssima influência musical que sofre nossa querida cidade pela massa popular, ou seja, fugimos do "pancadão", "brega", "arrocha", "forró do não sei o quê" e etc... (nada contra, nada a favor), e vamos apreciar todas as noites em voz e violão , as melhores melodias da MPB interpretadas pelas melhores vozes de Imperatriz, reunidos num local de excelente gosto e totalmente aconchegante, onde evidentemente, acontecem as noites mais nostálgicas da cidade. Enfim, retomando o assunto principal dessa postagem, algo me chamou muito atenção no Crafter, e só para constar, eu não bebi absolutamente nada que continha álcool, prosseguindo, me chamou realmente atenção um homem que sentado numa cadeira frente ao palco sacudia um paliteiro ao ritmo da musica que embalava nossa noite, olhei durante um período de tempo que não posso definir e mostrei ao meu amigo, um paulistano adorável que pra variar, conheci no Crafter. Falei ao meu amigo Donizete que iria compor um poema para retratar aquela prazerosa cena do tocador de palitos.
Então, para você Doni e para todos que freqüentam o Crafter, vai meu simples poeminha:
O tocador de Palitos
No Crafter, aquela noite não era noite de luar
Casais namoravam, amigos brindavam, voz e violão
Mas, o que realmente me chamou a atenção
Um homem balançava um paliteiro ao ar
A trilha sonora da noite dava o ritmo da canção
Na auto-satisfação que produzia sua melodia particular
O paliteiro que em sua mão dançava sem parar
O paliteiro que em sua mão dançava sem parar
Ao que o musico tocava e cantava sem dar atenção
Me intrigava a cena do paliteiro que ia, vinha e se ia...
Pena aquele particular prazer não me chegar aos ouvidos
O som que um pobre e simplório paliteiro produzia
O tocador de palitos parecia envolver todos os sentidos
Vibrava ao minúsculo som de olhos fechados em nostalgia
Para ele, o paliteiro detinha o melhor dos sons já produzidos
Jackeline Moreira
Imperatriz -Ma, em 12 de Dezembro de 2010